ANOTAÇÕES
25/10/2015 12:34
Frederico Spencer
Deflagro-me sem poesia
pela azia do tempo
que se forjou. A palavra
em fuga se despe em silêncio
(suas vestes queimam em fogo brando).
De cal o homem caia o cio. Disfarçando:
o que zela para o amanhã.
Herdo a poesia deflagrada desse tempo
com o branco da paz que o mundo reza:
na era da ogiva, ativa era.
Talvez haja poesia (a)manhã
se a paixão não corroer
as palavras no papel, esperam
libertadas.