INTERVIAS
Frederico Spencer
“Ora (direis) ouvir estrelas!”
Por certo! Ser de onde se aninha o poema
deita nas noites sua semente
distante e quente, amanhece
taciturno em minhas mãos.
“E eu vos direi, no entanto”
que na pauta do dia
escondidos, dialogamos
neste espaço de aço e gente
no caderno, ou da mais distante galáxia
vai nascer, quebrando a ordem do dia.
E quando nascer
talvez menos estrelas terá o universo
nos meus ouvidos
menos uma canção.