MÚSICA DE RUA - Breve Comentário

20/09/2015 12:53

06/09/2015 10:30

Frederico Spencer

 

Segundo Schopenhauer, há dois tipos de escritores: “aqueles que escrevem em função do assunto e os que escrevem por escrever”, penso eu que o poeta se inclui no segundo caso. Poesia é antes de tudo um vício; uma necessidade, de ser acordado todas as manhãs - mesmo não se tendo dormido a noite inteira, por um verso que atropela o silêncio da madrugada, rompendo seu hímen sagrado, o poeta coça a cabeça e vai para a linha do caderno tentar salvar seu dia, trazendo à luz a poesia deflagrada nesta luta constante entre a noite e o dia.

Penso ainda que há também vários tipos de poeta e também de poesia: uns sim e outros não e também umas sim, outras não. Nesta história, quantidade não qualifica nem poesia, nem poeta. Há outros, no entanto que, pelas graças de um deus belicoso, são infectados pela atrocidade de querer ver em forma de versos, a deposição dos seus sentimentos mais escondidos.

Penso também que a poesia boa, se esta existe, é aquela que ao se ler, causa espanto e inspiração, pare outros filhos em outras cabeças e linhas, nos cadernos alheios faz ramificações de sua semente gentil, servindo à sua causa suprema de embriagar, de se procriar através de suas imagens. Assim está no “Música de Rua” de José Terra, entre azuis, violetas, calcinhas e champanhe, seguimos numa viagem por entre ruas e avenidas, descobrimos outras aventuras, imagens da vida cotidiana, a qual, por muitas vezes não queremos ver.

 

 

SERVIÇO:

Título: Música de Rua

Autor: José Terra Correya

Editora: Panamérica Nordestal Editora

Gênero: Poesia (edição em E-book)

Pág: 70

Vendas: Panamérica Nordestal Editora